quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A tutoria presencial na EAD


A educação a distância deu um salto surpreendente disseminando o conhecimento. O modelo que mais cresceu nos últimos anos é o das tele-aulas por satélite e interação pela Internet, com aulas ao vivo, preparadas por equipe especializada, que permite interatividade entre professores, alunos e tutores eletrônicos de forma on-line. 
Moran (2007) aponta a importância dos momentos presenciais:

O sucesso da tele-aula se deve a que consegue fazer uma passagem mais fácil para a EAD, retoma o contato com o professor, a relação olho-no-olho. Mesmo uma parte das atividades é feitas localmente, em grupo, com um mediador (tutor ou professor assistente). Os alunos não precisam de tanta autonomia para gerenciar o tempo. Parece um curso presencial, com menos aulas e é mais barato. O custo sem dúvida é outro enorme atrativo. Muitos alunos de cursos de formação de professores me disseram que era a única forma de acesso ao ensino superior, diante da impossibilidade de bancar os custos dos cursos presenciais”. (MORAN, 2007, p. 2)

O que se pode perceber é que a modalidade de ensino presencial conectado traz a flexibilidade de acesso junto com a possibilidade de interação e participação. Combina a possibilidade de conexão, de estar junto, de orientar, de tirar dúvidas, de trocar resultados.
A tutoria presencial revela aspecto fundamental, pois garante a interação entre os envolvidos e minimiza a sensação de distância, criando vínculos e despertando o interesse dos alunos.
Para saber mais sobre o assunto consulte o link:


REFERÊNCIAS:

MORAN, José Manuel. Avaliação do Ensino Superior a Distância no Brasil. 2007. Disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/avaliacao.htm Acesso em: 16 de agosto de 2011




sábado, 22 de outubro de 2011

A importância do tutor na EAD



A educação brasileira sofreu diversos processos de mudança, sendo assim, é importante rever o papel do professor que hoje assume uma postura diferente da que conhecemos historicamente.
O ensino era tradicional e o educador assumia uma postura autoritária, sendo o centro das informações e os educando eram meros receptores, passivos, oprimidos e sem liberdade de expressão.
Devido ao surgimento das tecnologias da informação e da comunicação, TICs, a educação a distância deu um enorme salto,  disseminando o conhecimento e proporcionando diversas oportunidades de trocas de experiências. Portanto, o novo papel do educador é o de mediador na busca de novas formas de comunicação, de expressão e de construção do conhecimento, assumindo uma postura de orientador no processo de aprendizagem, estimulando o aluno a querer saber mais, despertando nele a curiosidade, a busca pelo saber, motivando-o e estabelecendo um elo, proporcionanado a troca de novos conhecimentos.
A pedagogia atual insiste na autonomia do aluno, sendo ele capaz de buscar os conhecimentos, formando seus próprios conceitos, numa visão mais crítica.
Em  Rampazzo (2004, p.7) verifica-se que:

Essa nova sociedade, também chamada sociedade do conhecimento, requer novas competências e novas atitudes, exigindo um indivíduo atuante, pensante, pesquisador, com autonomia intelectual. Cabe então a escola, na condição de instituição responsável pela formação do indivíduo, formar pessoas capazes de lidar com o avanço tecnológico.

A educação na atualidade está vinculada a tecnologia, garantindo um ensino de qualidade e promovendo atividades colaborativas na construção do conhecimento. Mas, somente a tecnologia não é suficiente para garantir a qualidade no ensino, é necessário estabelecer um vínculo entre  aluno e tutor que deverá acolher os educandos com sensibilidade, motivando-os a participar, incentivando a pesquisa, mostrando caminhos, instigando-os na busca pelo saber. Portanto, o papel do tutor de mediador e facilitador é fundamental para o desenvolvimento do aluno na construção do seu conhecimento e na superação do individualismo no ensino.
Conforme nos mostra Moran em relação ao modelo de EAD em rede:

A EAD em rede está contribuindo para superar a imagem de individualismo, de que o aluno tem que ser um ser solitário, isolado em um mundo de leitura e atividades distantes do mundo e dos outros. A Internet traz a flexibilidade de acesso junto com a possibilidade de interação e participação. Combina o melhor do off line, do acesso quando a pessoa quiser com o on-line, a possibilidade de conexão, de estar junto, de orientar, de tirar dúvidas, de trocar resultados. É fundamental o papel do professor-orientador na criação de laços afetivos. Os cursos que obtêm sucesso, que tem menos evasão, dão muita ênfase ao atendimento do aluno e à criação de vínculos. (MORAN, 2011, p. 3)

Desta forma, ser tutor em EAD é uma tarefa muito importante, pois ele é a ponte entre o educando e o saber, na qual a tecnologia é a ferramenta que propiciará a quebra de paradigmas favorecendo uma aprendizagem mais significativa.
A EAD na condição de instituição responsável busca formar pessoas capazes de lidar com a tecnologia e aptos a atuar no mercado de trabalho, pois os recursos utilizados despertam interesse nos educandos, as aulas são atraentes, a aula atividade propicia aprofundamento do conteúdo, reflexão, debate, troca de experiências e interação tutor/aluno.
Enfim, a metodologia é adequada, pois enfatiza o trabalho em grupo e a participação, os temas são atuais e despertam nos educandos o senso crítico e a reflexão. As mídias interativas são uma ferramenta riquíssima que favorece o processo de aprendizagem, através do chat o aluno é motivado a sanar as suas dúvidas e as ferramentas disponibilizadas propiciam ao educando o enriquecimento do seu conhecimento.
As mídias proporcionam um modelo pedagógico multimidiático, que promove as atividades colaborativas de construção do conhecimento, de diminuição do sentimento de distância, proporcionando ao educando o estabelecimento de vínculos afetivos que são essenciais para as atividades educativas.
É essencial que o tutor tenha uma formação acadêmica e pessoal, capacidade intelectual e domínio de conteúdo, de técnicas metodológicas e didáticas. Para obter um bom desempenho é necessário que o tutor entenda que “só ensina quem aprende” (Grossi; Bordin, 1992)

A notável relevância e complexidade do papel do tutor nos programas de Educação a Distância, demonstra a necessidade de um perfil profissional com habilidades e competências quase paradigmáticas. Espera-se que o tutor, além de possuir domínio da política educativa da instituição onde está inserido e conhecimento atualizado das disciplinas sob sua responsabilidade, exerça uma sedução pedagógica adequada no processo educativo. (Souza, 2004, p. 1)

O tutor precisa assumir uma postura de competência, busca de conhecimento, didática, transmissão de informações, incentivo à participação, capacidade de coordenar as atividades, transmitir segurança, ser aberto à crítica, saber dialogar; preocupar-se com os alunos, com seus interesses e dúvidas, ser amigo e o mais importante amar a educação. Desta forma, é possível conhecer os interesses e as necessidades dos alunos para criar situações de ensino que realmente atendam às características de aprendizagem para garantir a motivação e a qualidade do ensino.

No cenário da Educação a Distância, o papel do tutor extrapola os limites conceituais, impostos na sua nomenclatura, já que ele, em sua missão precípua, é educador como os demais envolvidos no processo de gestão, acompanhamento e avaliação dos programas. É o tutor, o tênue fio de ligação entre os extremos do sistema instituição-aluno. O contato a distância, impõe um aprimoramento e fortalecimento permanente desse elo, sem o que, perde-se o foco. (SOUZA, 2004, p. 2)

Cabe ressaltar a importância do tutor e seu papel de mediador e facilitador na busca de novas formas de comunicação, de expressão e de construção do conhecimento. Na parceria entre tutor/aluno/professor, é desafiado constantemente a ultrapassar as limitações, a pesquisar novas alternativas e diferentes estratégias visando à construção de uma prática pedagógica consciente e sensível, que atenta às particularidades de cada indivíduo.


REFERÊNCIAS:
CARNEIRO, M. Alves. LDB fácil. 4ed. Petrópolis: Vozes, 1997, p.21-22. In: UNOPAR, Universidade Norte do Paraná, Curso normal superior: habilitação para os anos iniciais do ensino fundamental: módulo 2. 2. ed. rev.ampl. Londrina: UNOPAR: CDI, 2004, p.162.


CASTRO, Marta Tavares. Perfil do tutor. Youtube 2010. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=syG4wphwtUM&feature=related. Acesso em: 21 de out de 2011.

MACHADO, Elian de Castro; MACHADO, Liliana Dias. O papel da tutoria em ambientes EAD. Universidade Federal do Ceará. Abril, 2004.

MORAN, José Manuel.  Os modelos educacionais na aprendizagem online. Disponível em:
http://www.eca.usp.br/prof/moran/textosead.htm. Acesso em: 21 de out de 2011.

SOUZA, Matias Gonzalez de. A arte da sedução pedagógica na tutoria em educação a distância. Ministério da Educação e Cultura – SEED – Proinfo, 2004. Disponível em: http://www.abed.org.br/congresso2004/por/pdf/001-TC-A1.pdf. Acesso em: 21 de out de 2011.


UNOPAR, Universidade Norte do Paraná. Curso normal superior: habilitação para os anos iniciais do ensino fundamental: módulo 2. 2. ed. rev.ampl. Londrina: UNOPAR: CDI, 2004.